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Os três períodos da produção filosófica de Nietzsche

Atualizado: 28 de ago. de 2021

“Tornar-se o que se é pressupõe que você desconhece o que você é. Não é questão de simplesmente voltar-se para dentro de si mesmo através da reflexão, mas, pelo contrário, você só vai saber quem você é pelos seus encontros, pelos feitos da sua vida, nas obras que você faz, naquilo que você ama ou odeia. É só assim que você pode tornar-se o que você é.”


Aula do Prof. Oswaldo Giacoia Jr. 2018.


1. JOVEM NIETZSCHE

  • Interessado na estética.

  • Influenciado por Wagner (uma obra de arte total) e Schopenhauer (a metafísica da vontade).

2. PERÍODO INTERMEDIÁRIO

  • Marcado pela sua produção independente.

  • Influenciado pelas ciências exatas e humanas.

3. PERÍODO DA MATURIDADE

  • Surgiu com o primeiro volume de Zaratustra.

  • Estabelece nova relação com a ciência.


1 - O JOVEM NIETZSCHE


Com apenas 24 anos, Nietzsche tornou-se professor de filologia clássica na universidade da Basiléia e logo seguida escreveu a sua primeira obra, “O nascimento da tragédia” (1872), sobre a tragédia, a música e o mundo grego. Diante da péssima repercussão no meio filológico e acadêmico, Nietzsche elabora panfletos chamados de “Considerações Extemporâneas”, nos quais mostra seu lado mais crítico em relação à D. F. Strauss, a História, Schopenhauer e R. Wagner.


2 - PERÍODO INTERMEDIÁRIO


Esta segunda fase inicia-se com a produção do livro “Humano, demasiado humano”, publicado em 1878, seguido da obra “Aurora” (1881) e “A gaia ciência” (1882). Nesta fase, Nietzsche abandona a metafísica, rejeita qualquer dogma, e aproxima-se do iluminismo.


3 - PERÍODO DE MATURIDADE


Este período é marcado pelo surgimento da obra “Assim falou Zaratustra” (1883). Apesar de ser, atualmente, uma das obras mais consagradas do autor, na época ela foi um fracasso de vendas e pouco compreendida pelo público. Talvez por isso, nos anos de 1886 e 1887, Nietzsche publicou, respectivamente, “Além do bem e do mal” e “A genealogia da moral” como pré-requisitos para a sua leitura e entendimento. Em seu último ano de lucidez (1888) Nietzsche produziu um volume incrível de textos, dentre eles “O caso Wagner”, “Crepúsculo dos ídolos” e “O anticristo”. Nelas, Nietzsche faz uma releitura da sua crítica à modernidade, apresenta uma nova introdução aos seus textos anteriores e uma reflexão revolucionária sobre o cristianismo, o budismo e as diversas concepções platônicas de mundo.


 
 
 

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